Semeadores

“E chega mais um fim de um ciclo e com ele inicia-se uma nova vida e outras novas escolhas e um novo começo”  Ulisses Augusto

A um passo de uma formação universitária, estou de bem com a vida hoje, muitas foram às escolhas que tive que tomar, como mudei e como aprendi durante esse tempo no qual passei estudando e aprendendo e desaprendendo outras coisas.

Sou a prova viva de que um professor ruim pode influenciar sim no seu aprendizado, mesmo que você seja um bom aluno, por isso o interessante é você estudar e estudar cada vez, mais e descobrir o melhor caminho para aprender. No começo no primeiro semestre, eu era meio perturbado, achava que seu tirasse uma nota menor que 8 eu morreria. No primeiro semestre era representante de classe, e era aquele aluno bem “nerd” doido, que senta na frente, e que sabe de tudo, e se inteirava em tudo e  tirava as melhores notas da sala. Era prestativo com todos e quando tirei  8 em Sociologia eu chorei kkkkkkkkkk. Foi ai que o Vitão (aluno) me disse: – Nossa cara para de ser louco, sabe aquelas meninas loucas ali? Então, elas estarão no próximo semestre com você e com as notas mais baixas da sala.

Logo depois a unidade que eu estudava fechou e fui transferido para uma nova sala, nessa no qual eu perdi o meu posto de representante para uma aluna fantástica chamada Viviane, visto que o primeiro semestre a sala já havia escolhido o representante. E hoje falo, não teria melhor escolha se não fosse ela. Descobri nessa nova sala que a faculdade é feita de alianças e grupos, e eu que nunca fui fã de grupos, nunca escolhi pessoas especificas para me enturmar, me aliava sempre com quem sentava perto das tomadas das salas. Não sou muito fã de escrever de caneta, digitava as aulas, e me ajudaram muito na retenção de conhecimento dos professores, até mesmo suas características. Logo percebi que tudo que fazemos dentro de um grupo de pessoas não é fácil, de lidar, visto que somos diferentes e com opiniões diferentes. Existem pessoas  que exala insegurança ao extremo ao se render a algum tipo de decisão. Tive muita dificuldade para trabalho em grupos, visto que o meu problema é que gostava de fazer tudo sozinho, achava muito conturbado fazer em grupo, lembrava-se de minhas composições musicais. Quantas delas saíram perfeitas quando construídas partes por outras pessoas? Mas descobri que mesmo assim teria que mudar, pois a falta de entrosamento me prejudicaria muito. Coloquei essa parte no meu plano de carreira como aprendizado e resultado do foco foi satisfatório.

No primeiro semestre conheci o professor Augusto um professor extremamente bondoso e que transmitia muita segurança para todos os alunos, não existia alunos que não gostasse daquele professor, a bondade dele era tão grande que eu chegava a discordar às vezes das atitudes dele. Praticamente a sala toda ficou com a média  10, pois todos entendiam claramente suas aulas e todos foram muito bons em suas provas.

Conheci também a professora Lis Escudeiro. Magnífica em sabedoria e saber passar isso em aprendizado constante em sala de aula, sua didática era fortíssima e perspicaz, não fazíamos esforços para entender o que ela falava, ela simplesmente falava e todos aprendiam.

O professor Flariston, foi o glorioso administrador que implantou a Analise SWOT, em nossas mentes, alguns alunos não gostavam muito dele, dizendo que ele falava demais. Eu gostava visto que aprendia muito com suas aulas, puxadas e às vezes até mesmo cansativa mais que valeram muito a pena.

A professora Sandra Pulino, que quase nunca entendia nada que o Flavio falava kkkkkkkk, Ela era muito legal também, suas aulas eram boas. Ela era muito rápida e direta em tudo que ela explicava.

Álvaro Dick, com sua legislação fortíssima e com suas explicações complexas que uma aluna na sala até confundiu com a idade do macaco. KKKKKKKKKKKKKKKKKk. Ele ficou muito nervoso na ocasião, a aluna com certeza estava viajando.

E é claro, o exuberante Sérgio Spagnoll, ele era meio estranho, acuado e inseguro. Tinha um bloqueio quanto à aproximação. Mas as suas aulas eram muito legais e divertidas, dávamos muitas risadas com suas explicações fascinantes que ele trazia para  a convivência atual.

Vindo para a nova unidade eu conheci...

A Professora Mônica, foi ela quem fez eu me apaixonar por recrutamento e seleção, foi ela quem determinou o futuro da minha carreira, apesar da escolha ser minha, e foi ela quem me ensinou a fantástica seleção por competência, que fez eu desenvolver meu projeto e estar hoje na área de R&S. Se fosse para escolher um professor mediante todos eles, ela estaria entre minhas primeiras escolhas. Ela é uma professora fantástica que domina a matéria, não gosta de piadinhas em sala de aula, não gosta de bagunça de toque no celular de conversa paralela. Ela presa os bons costumes de uma sala de aula sadia e que quer aprender, desenvolveu várias aulas atuando na simulação, para que o aluno faça o que ela ensinou de forma a corrigi-lo como se tivesse atuando na área de R&S. O aluno tinha duas escolhas, ou entrava no ritmo dela e aprendia, ou o aluno não gostava dela e não aprendia. Mas ela era muito justa e amiga, e também parecia com a Amy Lee(vocalista do Evanescence).

Márcia Thomé, que tem muito a ver com a Lis Escudeiro, porém com diferenças. Sempre a achei  uma ótima professora, mas desconfiava que ela não gostasse muito de mim. Ela domina o conteúdo de todas as aulas, usava explicações de atualidades envolvendo as idades dos alunos, ela conseguia prender a atenção, mesmo quando você estava cansado. Não tem como não aprender com ela. Mas acho que ela puxa muita sardinha para as mulheres (pode ser impressão eu achar ela ser feminista demais), mas sempre me passou isso. Ela é segura e determinada, uma mulher que colocaria como exemplo para várias outras que tem sua idade. Fora que apesar de sua idade, ela é muito elegante, educada e justa.

Conheci também a professora Gleiva, adorava suas aulas com os seus por quês! Ela também dominava as aulas e já chegava na sala de aula feliz da vida, aquela nasceu para dar aula de treinamento. Suas colocações eram bem divertidas, e era muito fácil de entendê-la também. Sinto saudade dela.

O professor Humberto Solera, que para mim teve uma parte interessante em todo esse meu processo de aprendizagem. Mesmo eu hoje achando que a matéria de folha não tem muito a ver com Recursos Humanos em si, mas compõe a parte administrativa e burocrática de pagamento de colaboradores, consegui aprender bastantes coisas, mas não é uma matéria que chame minha atenção. Mas suas aulas eram bem divertidas, ele é um professor meio acelerado e às vezes de tanto conhecimento e de tanto conviver com esse domínio de conhecimento, ele era muito rápido em suas explicações, uma aula que você faltasse em sua matéria(lascou-se) DP. Ainda bem que não aconteceu comigo, acompanhava as aulas dele meticulosamente. Achava ele meio voado às vezes, mas muito competente, ele esqueceu-se uma vez de colocar uma nota minha que fiz em uma AV3, para melhorar a nota. Mas deixei pra lá. Um dia estava no metro e ouvi um garoto explicando para uma menina e dizendo: - Vamos por partes como o Jack Estripador – Você acha que esse aluno teve aulas com quem? Bem, suas frases residem na faculdade até hoje.

- Calma, conte até dez e respira cachorrinho (quando um aluno acelerado não entendia a matéria);

- No mundo perfeito onde as coisas acontecem (quando ia explicar um processo que muitas empresas não seguiam);

- Calma que o tio aqui é velho o tico e o teco não funciona direito (quando um aluno o interrompia saindo da sala no meio de uma explicação ou quando o celular de alguém tocava)

Conheci a professora Maria de Psicologia, era uma professora extremamente generosa, lembro-me que em um dos seus primeiros dias de aula ela aplicou uma dinâmica no qual todos se ligavam através de um cordão. E na hora de comentar sobre a dinâmica, uma aluna de  óculos que desistiu, ficou surtando falando palavras do livro de Augusto Cury(pensando que ninguém ia descobrir, eram palavras do autor), dizendo que gostou muito da dinâmica. Doida mesmo! A professora Maria sempre dizia para mim que eu tirei a maior nota da sala e me dava os parabéns, daí eu perguntava para a Nidiane – Nidi eu tirei nove na prova e você?  - Em resposta ela dizia – Tirei dez... kkkkkkkkkkkkkkk Professora maluca. Só podia dar aula de Psicologia mesmo.

Conheci também o Elegante Osvaldo, um professor sério quando tem de ser, brincava quando tinha de brincar e rígido quando tinha de ser. Ele dominava suas aulas, porém a sala em si não soube absorver muito bem sua maneira de lecionar, não tenho o que reclamar dele, era fã dele e da maneira que ele dava aula. Creio eu que, ele prezava alunos que estudassem mesmo, ele não adulava alunos em relação a notas ou a qualquer outro tipo de situação. Ele para mim é um excelente professor. Ele é firme e rígido em relações a trabalhos e provas, suas provas eram complexas. Para conseguir ser bom na matéria dele, você teria que saber tudo e mais um pouco, se você soubesse tudo e faltasse o mais um pouco, você seria mediano nas notas. Acho que no meu caso faltou o mais um pouco RS...

Conheci o professor Gilberto Kenji, professor sério e muito competente, suas aulas foi de grande ajuda para meu aprendizado... Lembrava-me as aulas do Álvaro Dick. Ele era bondoso e tinha uma enorme paciência com a sala

A professora Elenice, gostava bastante dela também, ela era diferente, escrevia toda sua matéria à mão em um caderno, lembrava o colégio tendo aula com ela, Fui péssimo na primeira prova dela, não sei por que, eu sabia a matéria, porém não sei o que aconteceu no dia. (acho que tinha tomado cerveja com o Flavio). Porém recuperei a nota depois na AV3, não tinha dificuldade de aprender a matéria dela.

A Professora Maria do Carmo, ela era boazinha demais, e eu meio que desisti no meio do caminho, de frequentar suas aulas, faltava mais do que vinha. Faltei na AV1, não entendia nada que ela falava, não por que ela era uma má professora, mas sim por que talvez não fosse o meu tempo de aprender aquilo e quando fui tentar recuperar o tempo perdido já era tarde. Mas hoje vejo o quanto foi bom isso para mim.

Apaixonei-me pela matéria dela com o Professor Julio César, eu resisti quando tive que fazer a matéria de novo (praticamente não de novo, por que não fui presente na primeira vez). Pensava - Vou faltar bastante vou ir só quando tiver para estourar em faltas -  e foi o que eu fiz. Mas quando cheguei na sala de Aula e o professor começou a explicar, parece que tudo começou a clarear eu comecei a entender e a me interessar. Foi ai que me deu um start. O professor era tão legal ele era bonzinho demais, mais não bonzinho de passar a mão na cabeça e dar notas de graça. A sala era muito dispersa e ele era conivente com aquilo. Na minha cabeça só passava o seguinte – Baixe o espírito da professora Monica urgente nesse professor, por favor – Mas no fim ele me surpreendeu, ele mudou. Foi um professor essencial em minha formação, ele me fez gostar da matéria de forma a me interessar e querer saber mais e mais e foi isso que me ajudou. Eu gostava da maneira que ele explicava e da sua constante preocupação com as pessoas que estavam perdidas, não existia uma pergunta que ele não atendia com suas gloriosas e interessantes respostas, não existia uma mão levantada que ele não ouvisse. Ficava sempre depois das aulas tirando dúvidas de alunos perdidos. Ele é um professor bem educado e simpático que usa um símbolo do infinito, acho que traduz sua personalidade por gostar de números e saber transmitir de forma fácil e interessante sua matéria para qualquer aluno. Da até vontade de fazer uma AV3, só para voltar a vê-lo e agradecer por ser quem ele é e foi para mim.

Tem o professor Renato, um professor um tanto diferente, ele é inteligente, porém é um tanto disperso, às vezes os alunos levantava as mãos nas aulas, ele não via rsrs. Seguia a risca tudo que a faculdade preza e suas aulas eram um tanto complicadas de entender, mas eu era bem participativo em suas aulas e entendia tudo. Com suas aulas eu aprendi implantar e corrigir processos em uma empresa de um amigo. Foi ele quem fez com que eu fizesse um fluxograma de R&S, da empresa que eu trabalho. Uma coisa era fato, não o deixe nervoso. Os alunos meio que tinham medo quando ele dava os “Surtos” dele, mas foi um grande professor.

O professor Benê, um professor animado e com a cabeça voltada para a estratégia. Ele faz bastantes perguntas para sala, para que a sala fixe a matéria, relembra coisas da primeira aula, mistura a matéria com “cases” verdadeiros de empresas reais, faz o aluno ser um especialista de forma a entender a matéria e resolver estudo de casos proposto por ele em sala de aula.

Bom, eu só tenho a agradecer a todos os professores que fizeram parte da minha história,  estou levando de cada um, pouquinho do seu conhecimento, saiba que usarei com muita sabedoria tudo que aprendi. Agradeço de coração esses momentos  que foram essenciais para minha futura carreira que apenas começou e será essencial para o meu futuro, deixo meu adeus com um carinho e vontade de voltar de novo. As sementinhas que vocês lançaram com certeza germinaram muito e crescera de forma gigantesca, algumas de forma mais rápida outras de forma mais devagar.

Saiba todos vocês, que o ensinamento de vocês, influencia fortemente no nosso aprendizado tanto de maneira positiva, quanto de maneira negativa. E que professores que dão aula com carinho, terão sempre excelentes alunos. Os resultados dos alunos que vocês colocaram no mercado, serão de grande ajuda para você, será o resultado do trabalho de vocês.

É claro que tudo depende de nós, mas a semente lançada depende muito de quem semear, vocês são os nossos exemplos, nossos nortes, para a nossa jornada lá fora no mercado de trabalho. Sou grato por ter levado muito de todos vocês e agradeço do fundo do coração a todos vocês professores...

Parabéns a todos os formados em Gestão de Recursos Humanos em Junho de 2012, Universidade Estácio de Sá.

“De quem semear, muito dependerá se em solo bom cairão, amor afugenta as aves do mal, reduz o calor da opressão, por serem alertas em vosso labor, espinhos do ímpio afastai. E com alegria irei colher trinta, sessenta ou cem vezes mais” Lucas 8:5-15.